30 maio 2006

29 maio 2006

Objeção

A advogada: "Eu objecto senhor Juíz"
O juíz: "Está diferido a sua observação."
Cidadão comum: "Vamos mas é para a Fábrica da Pólvora"

28 maio 2006

27 maio 2006

Chaves do Areeiro

Quinta-feira vai haver um workshop de chaves, chavinhas, cadeados e fechaduras nas Chaves do Areeiro.

26 maio 2006

Treuze, co-de-rosa e runião

Mas estas pessoas não sabem dizer outra coisa? Então digam bem.

25 maio 2006

Engano

Quando levantei a tampa do esgoto vi todas as pessoas que estão inseridas nessa sociedade. Engraçado é que, todos os cidadãos andam de capacete amarelo e uma mola no nariz.

24 maio 2006

Vi-o-la-ção-ou-di-ver-são

À beira da estrada nacional está uma mulher a pedir boleia. Páro o carro, abro o vidro e pergunto-lhe “Para onde vai”. De imediato, ela entra, a mala e o casaco voam logo para o banco de trás, como se estivesse em casa. A minha sobrancelha salta do sitio onde costuma estar.
Ainda parado, o meu telemóvel toca. Com um ar de tédio vejo que é a minha mulher. Um “foda-se!” sai-me de imediato.
"Oi tudo bem?... Ó amor jantar em casa da tua tia?... Está bem. É a que horas?... Vê se dá para adiar para as 21:30. É que eu ainda estou longe de casa... Está bem vá. Até já. Beijos."
Guardo o telemóvel e viro-me para a minha estranha companheira de viagem.
“Não me chegou a dizer para onde ia e como se chama?”
Silêncio, foi o que veio da sua boca. Eu volto a repetir a pergunta. Nada. Dou-lhe um toque no ombro e ela olha para mim e pega num bloco e começa a escrever “Vou-pa-ra-Bar-ce-lo-na”, li à medida que escrevia “Sou-sur-da-mu-da.”. Muito lentamente e alto disse.
“Tu-do-bem-eu-tam-bém-vou-pa-ra-lá” ela pega de novo no bloco e escreve “Sou-mes-mo-sur-da. 100%.”
Tiro-lhe o bloco da mão e escrevo o que tinha dito. Ela ri-se e acena-me com a cabeça.
“Isto é que vai ser uma viagem secante, com esta surda-muda ao meu lado sem abrir a boa.” E esboço um sorriso.
Com o arranque, um socorro aflitivo, preso e abafado sai do porta-bagagens.
"Cabrão da merda, tira-me daqui, sê um homem e tira-me daqui, filho-da-puta. Se é para me violares, seu maricas do caralho, tira-me daqui, enfrenta-me palhaço..."
Com uma voz muito serena.
"Cala-te para o teu bem, se te vou violar é depois de te tirar esses pulmões cá para fora. Não gosto de gajas que gritam. - Com um ar de regozijo - Tiram-me a tusa toda."
Passo superficialmente com a mão pelas calças, de modo que a senhora que vai no lugar do morto não reparasse, pois nesse momento já algo se tinha levantado.
"Paneleiro do caralho, és um merdas - pontapés na mala - antes de me tirares os pulmões tens de ter mãos para me tirar daqui."
"Quem te disse que te vou tirar daí com as mãos, tenho aqui uma surpresa bem afiada que encontrei numa estufa, Isso é que te vai tirar daí, não te preocupes, minha bela." esboço um leve sorriso.
Neste momento ela olha para mim, enquanto na bagageira continua a berraria, acena a cabeça e dá-me o bloco. “Es-ta-va-a-fa-lar-al-to”. Ela lê e guarda o bloco de novo na mala
"Já agora, não utilizes vernáculo, que fica sempre mal numa senhora bonita como tu."
Entramos em Barcelona, isto está mesmo muito diferente ou sou eu que não venho aqui há muito tempo e não me lembro como isto é... não tenho o adjectivo para qualificá-la.
Ela escreve o nome da rua e para lá nós vamos. Um pensamento vem-me assoma-se à cabeça “sempre que passo por um polícia olham sempre com muita atenção para o carro.” Tenho que descontrair, talvez seja só da minha cabeça. Eles só estão a olhar para mim porque eu estou a olhar para eles. Não ligo.
Paro e a minha companheira de viagem voluntária sai sem antes escrever um “Mui-to-o-bri-ga-da” no seu bloco de argolas. No porta-bagagens começa o tumulto silencioso mas com muitos pontapés e murros.
“Vamos a estar aí sossegados atrás. Já vamos sair. Não quero o porta-bagagens sujo.
"Eu tenho aqui duas mãos que vão dar cor à tua cara, quando estiveres a sangrar do nariz como o porco que tu és e com os olhos pendurados nas órbitas. Tira-me daqui cabrão."
"Eu não falava mais, - tiro o bilhete de identidade da carteira dela - ... Maria Adelaide Silva Fernandes, ah é viúva ou fizeste por o ser. És mais gira na foto."
"És um grande cabrão." e grita com tudo o que pode, enquanto esmurra e pontapeia o porta-bagagens.

23 maio 2006

Uma questão de precentagens

70% do planeta é água e 10% do iceberg está de fora de água.

22 maio 2006

Eu lembro! Tu és PIDE!

É incrível, mesmo depois de décadas passadas, que quem foi torturado pela PIDE ou DGS lembra-se sempre da cara e nome de quem o torturou.

21 maio 2006

Passar a barreira da justiça e vingança

Hoje tentei mas a minha consciência pediu-me o passaporte e eu não o tinha em dia, logo nunca cheguei a passar essa fronteira.

18 maio 2006

15 maio 2006

Bacalhau em extinção

Como é que podem dizer que o bacalhau está em extinção? Os pastéis de bacalhau são feitos só com batata.

14 maio 2006

Video clip qual música?

O novo video clip do P. Diddy é muitá fixe não me lembro da música, lembro das gaijas.

13 maio 2006

Ota/Alcochete/Massamá

Senhor Sócrates porque não um aeroporto em Massamá. Eu faço-lhe um estudo cheio de rigor.

12 maio 2006

Os dereds coxos

Ontem perguntei - Desculpe precisa de ajuda para atravessar a passadeira?
De imediato fui socado e pontapeado no meio das pernas (não estou a falar dos joelhos). Nunca mais ajudo esta velhotas.

11 maio 2006

Hotel Anjo Azul

Como é que uma coisa pode ficar tão perto de locais tão longes uns dos outros.
"Também a pouca distância, o Parque das Nações (EXPO98), a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos e o Padrão dos Descobrimentos, entre outros."

10 maio 2006

Crack

Muita gente se arrepia quando um fantasma passa outras arrepiam-se quando se faz estalar os dedos todos.

09 maio 2006

"AS RUÍNAS"

Onde é que está o ketchup – diz Mary quando é servido o arroz – Não consigo comer o arroz sem ketchup, detesto o sabor arroz. Até gosto de arroz mas a saber a ketchup. Toda a gente ficou a olhar para ela. Um a um também começaram a exigir ketchup para o arroz. Todos se levantaram e fizeram-no sem meios e com meia dúzia de tomates chucha.

08 maio 2006

"O Génio da Floresta"

- Tira o pé de cima da minha raiz. – diz com um tom muito irritado.
Pedro estava com os auscultadores nas orelhas e a música muito alta. A Grande Árvore deixou cair uma maçã, gorda e muito verde, a fim de o chamar a atenção.
A força da gravidade foi demasiada, Pedro desmaiou.
- Ups! Outro que tem a cabeça muito fraquinha, ao menos tirou o pé.

07 maio 2006

Lubrificação ocular

Durante a leitura de um livro ouço um espirro mesmo à minha frente. Levanto os olhos, e a personagem à minha frente, o "Pêra", tira um lenço de papel do bolso, da calças de fato de treino, cor-de-rosa. Limpa o olho direito e assoa-se como não houvesse amanhã e de seguida faz o caminho inverso.
Possivelmente alguma remela mal tirada de manhã e que o muco nasal ajuda sempre a retirar.

06 maio 2006

Free sex

Só escrevi este post pois é das expressões procuradas na net e serve para aumentar o número de visitas ao meu blog.

Isto chama-se Marketing Espertalhão.

Peço desculpa a quem vinha à procura de sexo gratuito. Desculpem.

05 maio 2006

"A SÍNDROME DE ULISSES"

só um casal de pombos estava a acasalar. O acto sexual das aves voou quando o guinchar das rodas cardadas de um Fiat 500.
- Será que são elas? diz ele semicerrando os olhos para evitar o calor dos faróis.
O carro parou de frente dele. Sim eram elas e traziam a bem dita mala azul-turquesa.
- Não te queremos ver mais. Disseram elas em uníssono.

03 maio 2006

Natascha Kampusch - A Rapariga da Cave

eram os atacadores, pois iam debaixo do vestido de caxemira que a Ana Guerra me tinha feito. Quer dizer, não era propriamente para mim. Mas ninguém vai notar a falta dos atacadores.
Com uma palmada forte nas minhas costas vem a seguinte interrogação.
- Onde é que estão os atacadores? – era a Ana. Eu apontei para debaixo do chariot.
- Vai mas é para a passadeira porque não temos mais tempo a perder.

02 maio 2006

Alguém tem aí um bocado de naplam para acender o meu charuto?

É que com o isqueiro já experimentei e não me dá muito jeito.

01 maio 2006

A Peste

Literatura de Casa-de-banho
Antes de alguém ter aparecido com a ideia de haver blogues, que são de fácil criação, onde as pessoas escrevem lá tudo, desde o diário do pequeno Daniel que tem 3 meses de idade até aos autores desses blogues que só escrevem textos que não lembra a ninguém que eles chamam de nonsense.
Dantes não havia nada disso, portanto uma pessoa escrevia nas portas e paredes das instalações sanitárias públicas, claro. Aí também havia grande diversidade de contextos. Por exemplo os sexuais "Joana tem uma farta área púbica", ou mesmo "Queres ter sexo escaldante liga para o 231 121 121" (o número é falso portanto nem vale a pena ligarem para ele) e o clássico "Faço tudo. Liga-me para 231 121 121". E os apaixonados, que mesmo com as calças em baixo, sentados no altar de porcelana que escreviam "João + Maria", "Amo-te Maria" e em que na casa-de-banho das senhoras estava um a dizer "João, estou apaixonado por ti. Ass: Maria". O cinema também já explorou esse tipo de literatura no filme "Doidos à Solta" com Jim Carrey e Jeff Daniels, em que Lloyd Christmas (Jim Carrey) estava a urinar numa casa-de-banho de uma estação de serviço e começa a ler "Vou-te tornar num homem às 17:55 do dia 23 de Novembro" (as data possivelmente estão mal) e às 17:55 do dia 23 de Novembro entra um homem na casa-de-banho em que com um pontapé arromba com porta, e o resto não vou contar. Luís Vaz de Camões esse grande poeta do século XV, se por acaso houvesse casas-de-banho públicas no seu tempo, toda a sua obra teria de ser vista dentro da casa-de-banho do metro dos Restauradores.
Porque é que nenhuma editora se lembrou de editar um livro de literatura de casa-de-banho? Como fizeram com blogues de pessoas conhecidas. Na minha opinião fizeram bem, porque aquele tipo de obra é para ser vista no local, com os cheiros e sons produzidos pela flatulência da pessoa que está na sanita ao lado. Como os blogues, que devem ser vistos nos sites, logo é tão má ideia editar blogues em livros como deixarem a Margarida Pinto Correia escrever.
Talvez algum crítico literário algum dia diga que o João Fonseca (é meu vizinho e dá na coca) que escreve na casa-de-banho do Centro Comercial Colombo é um grande escritor ou mesmo algum director criativo de uma agência de publicidade pegue nesse talento que escreve bons headlines e bodycopys nas portas da casa-de-banho rasgando-as com a chave de casa.
Lembrei-me. A par da literatura clássica em que existe uma variedade de material para escrever, por exemplo: computador, máquina de escrever (para os mais tradicionais), lápis ou mesmo uma esferográfica (obrigado aos "amaricanos" por a terem inventado). Na escrita de casa-de-banho também há várias maneiras de escrever, como o já utilizado na literatura clássica, o lápis e caneta, mas depois também existem instrumentos que são muito próprios e só utilizados neste na escrita dessa literatura que são as chaves de casa, ou qualquer tipo de chaves (se for marceneiro pode também utilizar a chave-de-fendas), o isqueiro também é utilizado mas é mais para os tectos, queimando-os, há quem use o batom (estou a incluir as mulheres também) que fica muito bem para mensagens dos apaixonados. Por incrível que pareça eu já vi, quando andei na minha secundária, uma dedicatória do António para a Cláudia escrito com fezes e penso que com as do próprio (podia ter sido menos escatológico, mas também não criava tanto impacto).
Eu só peço a todos os nossos leitores e vossos amigos para não escreverem com qualquer tipo de material. Quem diz escrever também diz gravar com algum objecto metálico (chaves de casa, com a parte de metal do isqueiro ou mesmo chaves-de-fendas) porque a minha tia costuma limpar as casas-de-banho do Centro Comercial das Amoreiras e ela anda com um esgotamento porque um engraçadinho resolveu dizer que esteve na guerra da Guiné em 1980 (não me lembro de nenhuma) com um pasta que os militares utilizam para se camuflar. Por favor façam um blogue mas se não tiverem internet, escrevam no rolo de papel higiénico. Obrigado, a gerência agradece e eu agradeço pela minha tia.